A academia em rede: estímulo ao pensamento reflexivo no contexto do Facebook

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Autoras: Maria Terêsa da Silva Abreu e Marisa Teixeira

Pareceristas: Silvia Costa  e  Mara Cecília Maciel Cavalcante

Introdução

A Teoria da Complexidade tem sua origem na critica ao paradigma cartesiano que divide a natureza em dois domínios: mente e matéria. No livro “As Conexões Ocultas” Fritjof Capra critica essa separação dizendo: “Essa cisão conceitual entre mente e matéria tem assombrado a Ciência e a Filosofia ocidentais há mais de trezentos anos” (CAPRA, 2002, p.49). Em outra publicação “A Teia da Vida” Capra evidencia que o centro do pensamento complexo recai sobre os sistemas dinâmicos não-lineares, que compartilham de uma visão interdisciplinar, assim fala o autor: “De acordo com a visão sistêmica, as propriedades essenciais de um organismo, ou sistemas vivos, são propriedades do todo, que nenhuma das partes possui. Eles surgem das interações e das relações entre as partes” (CAPRA, 2002, p.40).

Mas falar de complexidade e não associá-la a um de seus maiores teóricos é impossível, Edgar Morin e a Epistemologia da Complexidade, são nomes que andam juntos. Morin traz reflexões primordiais ao assunto, possibilita uma infinidade de citações que se encaixariam perfeitamente ao curso. Entre tantas ressaltamos a interdisciplinaridade, principalmente quando sua critica recai sobre a fragmentação dos saberes: “não temos que destruir disciplinas, mas sim integrá-las, reuni-las em uma ciência como, por exemplo, as ciências da Terra (a sismologia, a vulcanologia, a meteorologia), todas elas articuladas em uma concepção sistêmica da Terra” (MORIN, 2000 p. 28).

O curso “Oito Temas para pensar a Sociedade na Era da Complexidade”1, é o foco deste trabalho. Os Oito Temas transitam dos Paradigmas até o Ciberativismo. Ao longo do caminho, passam pelos Estudos dos Sistemas, inclusive o de SAÚDE, examinam as Redes, refletem sobre a Educação, Economia P2P, Autoria, Sincronização e Emergência.

Reunir, integrar, combinar e articular saberes é o melhor self-portrait deste estudo on line. Assim uma imagem “self” do aprendizado coletivo foi refletida tanto de dentro do grupo, quanto num afastamento proposital para desenvolver este trabalho, e de certa forma, em determinados aspectos, um tanto confessional. O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) escolhido foi a plataforma Facebook, usada cotidianamente pelos participantes, e por isso dispensou um período de adaptação para os cursistas.

Objetivos

Identificar as principais contribuições relevantes para cada um dos Oito Temas, dar-lhes destaque, contribuir para os registros do curso, consolidar a participação relevante dos cursistas e criar uma listagem de contribuições, constituíram o objetivo geral deste trabalho. Igualmente, para atingir esta generalização foi necessário estabelecer objetivos específicos. São eles: (1) Realizar um levantamento dos principais aspectos positivos dos diferentes subsídios postados pelos estudantes na construção do conhecimento; (2) Enunciar parâmetros para escolha das contribuições mais relevantes para cada tema. (3) Listar por temas as contribuições de maior relevo.

Justificativa e Metodologia

O alicerce do conhecimento é sem sombra de dúvida a liberdade. Essa imagem reflete a realidade da partilha, a viva interação entre conteúdos e estudantes, além de aperfeiçoar uma visão interdisciplinar. Desta forma a justificativa deste trabalho recai sobre os potenciais da aprendizagem aberta, que se espraiam em todos os lugares e se presentificam, como lembra o anuncio institucional de O GLOBO: “On Line, On Time Full Time”2.

Sobre esse assunto SANTOS (2012) esclarece que “Aprendizagem Ubíqua é um conceito que considera os processos de aprendizagem abertos, sem lugar definido, espontâneos e assistemáticos, sendo o acesso à informação livre e contínuo em qualquer momento”. Estar no mesmo momento em muitos sítios on line, ser multitarefa, aprendendo sempre, é uma oportunidade cada vez mais comum no espaço global e no tempo da presentificação. Esse estado de ubiquidade está cada vez mais associada a mobilidade dos Smartephones. Neste curso não foi diferente permitindo o acesso em amplo sentido, isso fez a diferença na audiência aos posts que foram percorridos quase pela totalidade dos cursistas.

Como principais aspectos positivos em relação ao AVA-Facebook percebeu-se claramente que as práticas reflexivas aprimoram o processo ensino-aprendizagem, pois a cada novo tema as contribuições eram cada vez mais relevantes. Nesta plataforma a convergência de mídias, o poder que essas ferramentas têm para motivar as participações, as trocas de conhecimentos, a aprendizagem colaborativa, bem como a capacidade de estabelecer conexões sociais entre os participantes, foi o ponto a destacar neste estudo.

O caminho planejado para observação e análise dos posts, bem como a seleção dos referenciais e os parâmetros escolhidos para a seleção dos links, esteve alicerçada nos moldes qualitativos e considerou-se como uma pesquisa de campo, no caso virtual, pois incidiu na busca de informações junto aos estudantes em seu local de prática de estudos, o Facebook.

A falta de um buscador para localizar os posts, no ambiente do curso, por assuntos, foi inicialmente, o motivo principal deste trabalho. Com mais de três meses de duração, audiência diária superior a 100 participantes, e compartilhamentos abundantes de citações sobre os temas, as dificuldades em localizar alguns posts aumentavam muito, à medida que o curso se desenvolvia.

No processo reflexivo, resumidamente, buscou-se perceber a importância que cada estudante imprimia às contribuições postadas, em sua grande maioria, buscando contribuir de forma eficaz com os temas propostos, no sentido de enriquecer as discussões.

A seleção do material foi feita em parceria, e o diálogo aconteceu via e-mail, Google +3, “in box” (chat) do face e muitas vezes as conversas telefônicas fizeram-se necessárias, para acelerar o processo de escolha dos posts, pois o intenso dinamismo dos estudantes pedia rapidez.

Obedeceu-se aos critérios: (1) No caso de vídeos: tempo de exibição, qualidade de áudio, cor e imagem, além da opção de tradução, telas em inglês ou espanhol; (2) Adequação ao tema proposto; (3) O número de visualizações; (4) Preferência por E-books livres de pagamento.

Teorias de Aprendizagem

A aprendizagem colaborativa desenvolve-se a partir do conceito de construção coletiva do conhecimento, que por sua vez, resulta da interação entre os indivíduos. São várias as teorias que contribuem para a compreensão da aprendizagem colaborativa, embora todas tenham em comum o mesmo objetivo: considerar os indivíduos como agentes ativos na construção de seu conhecimento.

Os pressupostos construtivistas e interacionistas são aqueles que mais dão suporte aos ambientes de aprendizagem colaborativa. Ao refletir sobre esse assunto, apoiada nas proposições de Vygotsky, Minhoto explica:

“A rede social vive da colaboração dos alunos, que se pode traduzir como o expoente máximo da interação social, onde eles observam e participam na construção do saber, opinando, corrigindo, investigando para editar conteúdos, ou somente consultando os conteúdos disponíveis.” MINHOTO (2012 p.12).

De acordo com a mesma autora a aprendizagem desencadeia-se entre o sujeito e seus pares, ou seja, no contexto coletivo. Tais conjecturas favorecem a proposta da aprendizagem colaborativa, uma vez que consideram que o conhecimento acontece baseado principalmente: na experiência, na interação e no compartilhar de idéias.

Listagem por temas

Ao fazer a listagem dos “Oito temas escolhidos para estudar a Complexidade” percebeu-se a tendência por vídeos. Certos autores foram mais frequentados que outros e alguns dos Temas foram mais focalizados pelos posts, no sentido de merecem mais contribuições dos participantes. Sendo assim optou-se por agrupar alguns assuntos e os maiores destaques em relevância, ao tema abordado, receberam algumas imagens significativas para ilustrar os links. Essa ação foi uma tentativa de permear a comunicação textual com a leitura visual, própria ao contexto do AVA/Face em seu “além” texto, o hipertexto4.

Sem sombra de dúvida as figuras, gráficos, vídeos e ilustrações aumentaram o poder da comunicação dos textos5. e parecem ter potencializado positivamente as emoções dos cursistas. Segundo NONAKA (2008 p. 58) o conhecimento é formado por duas categorias: explícito, facilmente verbalizado e tácito, adquirido através de experiências individuais e de difícil transmissão. Segundo esses autores o conhecimento tácito esta impregnado por nossos anseios, experiências, valores, emoções e ideias particulares. Toda essa combinação autônoma ao chegar às trocas coletivas, no AVA, formou um conjunto complementar, aprofundando a reflexão através das imagens sensíveis nas produções científicas, que Messa pondera quando diz a esse respeito:

(…) procure direcionar seu olhar para o campo da produção científica; consideremos um belo enunciado de um determinado conceito teórico explícito em um livro. Ao ler esse signo impresso, que descreve um conceito teórico qualquer, você obrigatoriamente percorrerá as três categorias universais. A primeiridade refere-se a todo aspecto de qualidade que você vivenciar nessa experiência, a secundidade é a reflexão envolvida nesse processo e a terceiridade é a representação que você fará. Assim, a apreensão de determinado conceito teórico (e não sua simples enunciação das mesmas idéias), o entendimento abstrato daquela teoria que podemos chamar de conhecimento tácito. (MESSA, 2005, p. 21)

Nas imagens usadas, sempre que possível, foram priorizadas as capas de livros dos autores mencionados nos posts. Nos vídeos capturaram-se as telas mais significativas, nas palestras foram selecionados os autores durante suas atuações. Para alguns conceitos foram escolhidas imagens significativas que expressassem os conceitos em destaque, quer nos vídeos, quer em outras referências.

Tema 1 – Paradigma da Ciência: A Certeza colocada em Questão

“Paradigmas se constroem como modelos para organizar um determinado processo de conhecimento. Quando esse Modelo, como ocorre hoje, não é mais capaz de explicar e incorporar as questões, descobertas e fatos novos que ocorrem, entramos em um período de crise e transição de paradigmas”. – Nilton Bahlis dos Santos

[A] Vídeo e outras referências ➔Domenico De Masi “Paradigma”

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Com a duração 26 min e 55 seg., Domenico De Masi tece considerações sobre as mudanças paradigmáticas. O autor analisa o assunto em quatro pontos principais: (1) sociedade pós-industrial, (2) criatividade, (3) novos valores e (4) as relações de trabalho e tempo livre. Muitas das ideias que o autor expõe no vídeo estão em seu livro, O Ócio Criativo, que pode ser baixado na íntegra aqui.

[B] Vídeo O helpdesk ou “Øystein og jeg”. Serie norueguesa (NRK) 2001

image004O diálogo acontece na língua norueguesa, mas legendado para o português, por Lorena Tárcia. Com os atores: Øystein Backe (personagem que presta ajuda) e Rune Gokstad (Ansgar). Escrito por Knut Nærum. O helpdesk dublado em português está disponível aqui.

O vídeo exibe uma sátira em relação ao paradigma medieval entre o pergaminho e o livro, o humor fica por conta da associação de ideias entre o texto, o hipertexto e as TICs uma nova quebra de paradigma. Depois de TICs parece faltar alguma coisa.

[C] Vídeo e outras referências ➔TED x SP 2009 ➔ Silvio Meira

image006A duração deste vídeo 18min e 23 seg. em que o professor Silvio Meira faz uma exposição sobre a transição paradigmática que se vive na contemporaneidade. O foco da palestra recai no sistema educacional que está em transição.

No site de Silvio Meira existem muitos artigos disponíveis para leitura:

Internet em 2020 [6]: o futuro da infra-estrutura

Educação: distância afeta qualidade e resultado?

Outra fonte interessante é o vídeo do programa com Silvio Meira Café Filosófico cujo tema é: Novas Profissões, Novas Possibilidades

Tema 2 – Sistemas Simples e Complexos: da Cadeia de Produção às Redes Distribuídas

“A Internet, com sua tendência a interligar todo o tipo de sistemas criou um sistema aberto, distribuído, diferente dos sistemas fechados com que trabalhávamos. Criou um mundo de Pontas (Doc Searls e David Weinberger, 2003), uma Rede Distribuída onde as relações não se manifestam como antigamente”. – Nilton Bahlis dos Santos.

 

[A] Vídeo e outras referências ➔ CIBERCULTURA Pierre Lévy

image008Pierre Lévy – O que é o virtual?

Com a duração de 2min e 54 seg., Pierre Lévy, filósofo da informação, explica o que é o virtual, sua significação que nasce juntamente com a humanidade. Virtual é o mundo abstrato da mente, o mundo das interpretações e das relações geradas a partir delas. A comunicação virtual é um dos atributos da sociedade atual. Para expandir as ideias do autor os livros “O QUE É VIRTUAL?”, “CIBERCULTURA” e “TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA”estão disponíveis:

A emergência do cyberspace e as mutações culturais segundo Pierre Lévy

Entrevistas, notícias e artigos de Pierre Lévy podem ser visitados em: Fronteiras do Pensamento/Conferencistas/Pierre Lévy

Pierre Lévy fala sobre “Inteligência Coletiva” na conferência no Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CRA-RJ): XIV Fórum Internacional de Administração – 3º dia – E os próximos 50 anos 

[B] Vídeo e outras referências➔ Sherry Turkle: Conectado, mas sozinho?

image010Sherry Turkle é uma especialista em tecnologia e sociedade do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Esta palestra no TED tem a duração 19 min e 45 seg., e Turkle fala sobre suas ideias de como começamos a nos sentir oprimidos e empobrecidos pela vida com o uso excessivo das TICs.

A contemporaneidade comporta conexões sem precedentes, mas dispor delas em amplitude, não estabelece interações humanas significativas. São conexões rasas que servem principalmente aos jovens como um lenitivo ao momento confuso próprio de suas idades, entretanto não substituem as relações face a face. Aos 7 min. Sherry diz: “Relações humanas são ricas, são confusas e são exigentes” e no minuto 16 acrescenta: “Não estou sugerindo que abandonemos nossos aparelhos, somente quero que desenvolvamos um relacionamento mais autoconsciente com eles, e uns com os outros e conosco”. Sherry Turkle, no último minuto, conclui sua palestra com um conselho “Vamos falar sobre como podemos usar as tecnologias digitais e a tecnologia de sonhar também para que possamos amar a vida”.

Resumo do livro ALONE TOGETHER em português pode ser encontrado aqui.

image012image014NOTA – PHUBBING é a palavra criada para designar o uso anti-social dos smartphones, por exemplo, um grupo de jovens conversando sem se olharem diretamente, apenas pelo celular.

 

[C] Vídeo Aula ➔ Teoria Geral dos Sistemas

image017Esta vídeo aula tem a duração de 22min e 23 seg. e tece ideias gerais sobre a teoria dos sistemas. Como por exemplo:

– 01min40seg. Surgimento da Teoria Geral dos Sistemas (TGS)
– 05min40seg. TGS no dia a dia.
– 08min: 30 seg. Sistemas Abertos e Fechados.
– 11min 01seg. Homeostase dinâmica.
– 11: min 56 seg. Equifinalidade.
– 12 min.56 seg. Negentropia.
– 15min 20seg. Criticas a Teoria.
– 16min 40 seg. Sinergia.
– 17min. 30 seg. Referências.
– 18min: 30seg. Resumo.

 

[D] Vídeos e outras referências ➔Viver em Rede e viver da Rede – Augusto de Franco

image019As redes de comunicação, interatividade, fluxos de comunicação e sistemas.

Vídeo Aprendizagem e Criação em Rede 

Site do autor aqui.

Link para baixar gratuitamente o livro “A REDE” 

[E] Vídeos , outras referências e Entrevista exclusiva Zygmunt Bauman➔ Modernidade líquida

image021ZYGMUNT BAUMAN é um dos intelectuais mais respeitados da atualidade e nesta entrevista, o sociólogo polonês fala da fragilidade dos laços humanos.

Um resumo escrito de seus pensamentos pode ser acessado aqui.

image023Seu livro “A MODERNIDADE LÍQUIDA” esta disponível na integra para download aqui.

Para expandir as ideias sobre esse grande pensador e observar os títulos de suas obras acesse aqui.

image025Em 2014 chegou o livro de BAUMAN “Cegueira Moral” no site abaixo pode ser lido um pequeno trecho.

Folha de São Paulo / Livraria da Folha / 2014 

 

Tema 3 – Sincronização e Emergência: Além do conteúdo e da transmissão de mensagem

“O que chamamos de comunicação é a maneira particular que os homens criaram de comunicação. Entende-la como um processo mais amplo, de sincronização, nos abre a possibilidade de pensar práticas híbridas, células troncos, genomas, etc.”. Nilton Bahlis dos Santos.

 

[A] Vídeos e outras referência Steven Johnson – EMERGÊNCIA

image027Slides ➔ Steven Johnson e suas publicações, Organização multicelular Internet x Vida Social, GIS e Location-aware service integration, Mobile Internet Internet das coisas e Evolução da WEB

Resenha do livro

No link existe uma lista importante de vídeos sobre o assunto tratado no livro em destaque

image029O Dictyostelium permite observar as noções básicas de muitas ações celulares através da engenharia genética e da experimentação porque seu ciclo de vida é curto podendo ser induzido pelos cientistas. Veja aqui e aqui.

image031Slides ➔ Emergência – a vida integrada das formigas, cérebros, cidades e softwares.

 

[B] Vídeos e outras referências Michael Hardt e Antônio Negri.

image033image035

Documentário sobre Antônio Negri: A Eterna Revolta

O livro IMPÉRIO pode ser baixado na integra aqui.

image037MULTITUDE – A Democraia da Multidão, com Antonio Negri, no SESC Pompeia

Uma discussão acerca do conceito de multidão de Antônio Negri e Michel Hardt, sobre a configuração político-social contemporânea, por Diogo F.S Queiroz aqui.

Conferência Antonio Negri – “A Constituição do Comum” Abertura: Ministro Gilberto Gil

 

[C] Vídeos e outras referências Sincronização

image039E-boock free SYNCHRONIZATION – CAMBRIDGE- 2001

Sync: The Unconscious Life of the Market 

image041Vídeo “murmurations” 

Synchronization, quantum correlations and entanglement in oscillator networks

Revista de pesquisas FAPESP.

image043Células epiteliais se comunicam como bactérias. Crescimento de cabelo mostra que células de mamíferos também podem coordenar uma ação em grupo.

Sincronia fraca entre neurônios pode ser a causa do autismo, diz estudo.

Tese sobre Sincronização em neurônios de Hindmarsh-Rose, de Miguel Schumacher Mainieri, Universidade Federal do Rio Grande do sul

 

Tema 4 – Democracia Representativa e Democracia Direta, Partido e Ciberativismo.

“Só é possível entender o mundo e as práticas de ciberativismo que vivenciamos se repensarmos os Modelos Políticos de Democracia e de Vanguarda.” Nilton Bahlis dos Santos.

 

[A] Vídeos e outras referências ➔ TECNOPOLÍTICA e Mídias Sociais.

image045Mídia Global, Social e onipresente = exemplos concretos.Clay Shirky mostra como o Facebook, o Twitter e TXTs ajudam cidadãos em regimes repressivos a divulgar notícias reais, contornando a censura (embora brevemente). O fim do controle top-down das notícias está mudando a natureza da política.

image047Livro para entender as Mídias Sociais download disponível e grátis

Site lista 507 livros para download sobre Internet e Redes sociais sem custos

Na mesma galeria ➔ Redes Sociais 

A politica, a tecnologia e as transformações sociais. Barcelona: a tecnologia transformará o poder?

image049TECNOPOLÍTICA E 15M: a potência das multidões conectadas.

 

[B] Vídeos e outras referências ➔ Movimentos Sociais e CIBERATIVISMO

image051 image053image055

Novos protestos novas características: As diferenças dos protestos nas mídias sociais

Crise Capitalista, mobilizações sociais e profundas desigualdades implicam um passo adiante na luta de classes: Cultura hipster, individualismo e nova dominação cultural capitalista 

Porque a Democracia ainda não decolou com as TICs? Why Technology Hasn’t Delivered More Democracy 

Uma realidade que assusta a todos, Rio de Janeiro 2015: DOMÍNIO PÚBLICO / PUBLIC DOMAIN

Os cidadãos espanhóis realizaram o primeiro protesto com holograma na história

image057Sergio Amadeu Silveira CIBERATIVISMO e cultura HACKER 

 

Tema 5 – Economia P2P: A Produção Colaborativa

“O conceito Peer-to-Peer se refere ao fenômeno da produção colaborativa e distribuída em rede. No entanto, pode-se entender que práticas anteriores à internet também estão dentro desse conceito, como muitas iniciativas cooperativas, e fora da internet, como projetos de economia solidária.” Nilton Bahlis dos Santos.

[A] Referências PEER 2 PEER

image059Artigos comentam sobre o julgamento do “THE PIRATE BAY”Documentário. Nesse mesmo link alguns vídeos sobre o assunto.

image061FUNDAÇÃO P2P➔ Michel Bauwens resume suas ideias sobre a nova economia P2P

image063Slides P2P OVERMUNDO➔ Autoria peer-to-peer: o caso overmundo 

Artigo Univ. Chicago➔ Self-Regulation and Innovation in the Peer-to-Peer Sharing Economy 

Exemplos bem práticos que estão sendo usados na economia P2P pelo mundo: Entenda a economia colaborativa de serviços como Uber, Airbnb e outros e FLOK Society – por uma matriz econômica voltada ao bem comum

Yochai Benkler explica projetos colaborativos com a Wikipédia 

 

Tema 6 – Autoria e novas formas de patrimônio e produção de conhecimento

image065“As redes de comunicação têm sido um espaço privilegiado para a experimentação de novos modelos autorais. Nesse ambiente, a noção tradicional de autoria como algo centrado em um indivíduo entra em crise e dá lugar a um processo autoral distribuído feito da ação compartilhada entre diferentes agentes criativos que interagem na produção de uma obra comum.” Nilton Bahlis dos Santos.

image067O QUE É CIÊNCIA ABERTA? ➔ What, exactly, is Open Science?

EXEMPLO de ciência aberta➔Ubatuba TROPIXEL Alunos do ensino fundamental constroem satélites em UBATUBA Da escola ao espaço

image069FOLD IT ➔ O jogo está disponível para os sistemas operacionais Windows, Macintosh e Linux. Os jogadores manipulam aminoácidos

Cientistas usam jogo de computador para descobrir formato de proteína

image071AUTORIA EM REDE: Os novos processos autorais através das redes eletrônicas.

image073“Free Software, Free Society” Richard M. Stallman.

VIDEO do mesmo autor https://www.youtube.com/watch?v=2lupgHYiK9Q e sua palestra no TED https://www.youtube.com/watch?v=Ag1AKIl_2GM

image075GENSPACE, um laboratório sem fins lucrativos, do tipo “faça você mesmo”, onde cidadãos comuns podem experimentar a biotecnologia. Ellen Jorgensen: Biohacking – você também pode

image077CROWDFUNDING Democratização do Capital, o Poder do Coletivo, a Reciprocidade…

Equity crowdfunding | Rafael Vasconcellos | TEDxMauá

Conseguir dinheiro para viabilizar seus projetos através do Crowdfunding – Olhar Digital

Juntos.com.vc

GESTÃO DO CONHECIMENTO ➔ “Desafios das tecnologias de informação e comunicação sob a perspectiva da gestão do conhecimento na sociedade em redes”. Resenha do livro Sociedade em Rede Manoel Castells

image079EVERYTHING IS A REMIX, sobre os mitos a respeito do ato criativo. Copiar, combinar e Transformar e Parte 4 CONT.

CULTURA ILEGAL: as fronteiras da pirataria

ACESSO ABERTO ➔ OPEN ACCESS

ACESSO ABERTO em Portugal e no Mundo: Onde estamos e por onde vamos? Eloy Rodrigues

DON TAPSCOTT: QUATRO PRINCÍPIOS PARA O MUNDO ABERTO.

Tema 7 – Comunidades Virtuais e Reforma Sanitária

“As comunidades virtuais criam a possibilidade de uma relação do sistema de saúde com a população onde diferentes conhecimentos, sabedorias e experiências possam ser levadas em consideração, permitindo a recuperação desta utopia levantada pela reforma sanitária” – Nilton Bahlis dos Santos.

CARTILHA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DO SUS. Você sabe quais são seus direitos?

SUS, É UMA REDE DE REDES. 

A PARTICIPAÇÂO SOCIAL ➔ OUVIDORIA DOS SUS

COMUNIDADES VIRTUAIS DE SAÚDE:

Vítimas de anticoncepcionais. Unidas a favor da Vida (Grupo no Facebook)

Eu, meu filho e o Diabetes (Grupo no Facebook)

Hepatite “C” sem sensura. (Grupo no Facebook)

Juntos, aprendendo sobre HIV e AIDS (Grupo no Facebook)

image081Laboratório Internet, Saúde e Sociedade – LAISS Google Now agora também é médico! Aplicativo faz consultas rápidas sobre saúde➔ aqui

image083Médico x Blogueiro x Paciente – Uma parceria transformadora!

O professor Antonio Lafuente fala em “ciência colateral” para pensar as pesquisas feitas por grupos de afetados por doenças raras que procuram soluções para além da medicina tradicional➔ Ciencia colateral  e Lo que (nos) pasa en el aula | Antonio Lafuente | TEDxGranViaED

Efetivação das Redes Temáticas sobre Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Saúde do Jovem e Adolescente, Saúde da Pessoa com Deficiência e Saúde da Pessoa Privada de Liberdade.

image085Deixem os pacientes ajudarem”. É com esse lema que Dave de Bronkart traz uma reflexão sobre a assistência à saúde em seu TED.

 

Tema 8 – Educação: “Disseminação Conteúdo” ou Produção Coletiva de Conhecimento

“As novas tecnologias de comunicação lentamente vem se integrando à atividade educativa. Mas se incorporam dentro de uma dinâmica bastante tradicional e para fazer as mesmas coisas que são feitas até aqui. Ocorre que, os processos e as práticas destas novas tecnologias têm dinâmicas contraditórias com a natureza das atividades tradicionais da educação.” – Nilton Bahlis dos Santos.

image088Manuel Castells – Escola e internet: o mundo da aprendizagem dos jovens

Manuel Castells responde a Pergunta Braskem: tecnologias na educação

Mudanças de paradigma na educação➔ vídeo aqui 

Novas Tecnologias e velhos currículos; já é hora de Sincronizar.

Mudanças nos mediadores pedagógicos. Mudanças de perfis dos alunos: Escola com 50 alunos em Paraty (RJ) aboliu disciplinas e provas há um ano 

Novo modelo de escola aposta em tecnologia e ensino individualizado

Novo método de ensino no Instituto de Física na USP.

Educar não é restrito aos muros das escolas➔esporte, a cultura, a dança, a música, são espaços educativos e de oportunidades➔Bonde do Simão

O computador pode substituir o Professor? Sugata Mitra

Escola na Nuvem: Sugata Mitra creates a School in the Cloud

image090Aprendizagem com uso de hologramas➔ HOLOLENS é essencialmente um computador holográfico construído como um fone de ouvido, mas que permite ver, ouvir e interagir com hologramas dentro de um ambiente, por exemplo, na sala de aula ou escritório. ➔ Future Doctors Could Be Taught With Holograms

Novas formas de aprender em rede de pessoas com diferentes intenções, formações e idades ➔ compartilhamento do conhecimento, democratizando o acesso à ciência e tecnologia.Garagem Fab Lab 2.0

Inovação em Práticas e Tecnologias para Aprendizagem➔ E-book = Inovação em práticas e tecnologias para aprendizagem

Novo método de ensino no Instituto de Física torna professores mais “socráticos” Publicado em Educação, USP

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Conclusão

A complexidade com que o fluxo de conhecimentos circula, juntamente com a celeridade dos avanços tecnológicos e a profundidade das mudanças que provoca, entontece. Uma das consequências dessa velocidade foi apontada por LÉVY (1999, p.158) “Pela primeira vez na história da humanidade, a maioria das competências adquiridas por uma pessoa no início de seu percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira”.

De acordo com Castells (2013, 12 min 09 seg.), citando a revista Science, “97% do conhecimento humano está digitalizado e 80% já disponível na Internet”. O autor pondera sobre a pedagogia, que apenas transmite informações, não pode mais sobreviver, pois a obsolescência das informações se sucede a cada dia com maior agilidade, assim é fundamental aprender a buscá-la e combiná-la para que se transforme em conhecimento contextualizado.

Percebeu-se ao longo do cominho dos “Oito Temas para pensar a Sociedade na Era da Complexidade”, que a participação dos cursistas foi um estímulo à busca, a reflexão e a combinação de saberes que se articularam formando interessante organização no ato de adquirir o conhecimento. Para Lévy (1999) as redes sociais são formadas por um conjunto autônomo de pessoas, ligado a ideias que se articulam em tono de interesses compartilhados, e essa foi à rede tecida pelo curso, aqui estudado.

Segundo Morin (2011) a informação isolada de seu contexto não é completa. Desta forma ao que parece, emerge uma nova arquitetura cognitiva que possui a consciência de que é local e global, que permite relações amplas, que reconhece a circularidade entre as partes e o todo. Este é o Princípio do Holograma (MORIN 2011 22min e 29 seg.) em que uma parte individual contém também o todo que a representa. O curso “Oito Temas para pensar a Sociedade na Era da Complexidade” foi um exemplo prático disso, pois aconteceram articulações múltiplas e reflexões coletivas de grande proveito numa nítida feição de combinar saberes pertinentes aos temas com ampla liberdade de escolha pelos cursistas.

Notas

1. Disponível em: https://www.facebook.com/groups/1561570187455850/?fref=ts

2. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bNkj2hptdDA. Acesso 10 de junho 2015

3. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Google%2B. Acesso 05 out.2015

4. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto Acesso 7 out. 2015

5. Disponível em: http://billiondollargraphics.com/infographics.html Acesso 8 out. 2015

 

Referências

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CAPRA, Fritjof. Conexões ocultas. São Paulo. Cultrix, 2002. Acesso 25/06/2015

CASTELLS, Manuel – A obsolescência da educação. 2014. Canal Fronteira do Pensamento. Acesso 10/06/2015

_________, Manuel. El mundo según Manuel Castells. Radiotelevisão Espanhola. Programa: “Penso, logo existo”. Ano 2013. Duração de 30 minutos. Acesso 10/05/2015.

FRANCO, Lucas Gabriel. A produção do conhecimento em educação: Desafio da obsolescência na sociedade da informação. VIII Simpósio Nacional da ABCIBER – 2014. Acesso 15/7/2015.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. Acesso 9/6/2015

MATHEUS Renato Fabiano e Antonio Braz de Oliveira e Silva Análise de redes sociais como método para a Ciência da Informação. Data Grama Zero – Revista de Ciência da Informação – v.7 n.2 Abril/2006  Acesso 10/07/2015.

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MINHOTO, Paula M. L.V. A utilização do Facebook como suporte à aprendizagem. Janeiro 2012. 87p. Dissertação Mestrado – Escola Superior de Educação de Bragança. Acesso 17/072015.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000. Acesso 12 de junho de 2015.

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1Comentário emA academia em rede: estímulo ao pensamento reflexivo no contexto do Facebook

Alessandra Dos Santos said : administrator Relatar Jul 26, 2016 at 8:29 PM

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